Em Amboise, no Vale do Loire, tem uma atração diferente, muito interessante e que atrai crianças e adultos. É o Parc Mini-Châteaux e vou mostrar tudo sobre ele aqui.
Já pensou em poder visitar quase todos os castelos do Loire em um único dia? Até que seria legal, mas, infelizmente, pelo tamanho da região do Vale do Loire, isto é impossível. Aliás, uma semana é pouco para ver todos eles. Mas dá para ter uma ideia da riqueza patrimonial da região ao visitar o Parc Mini-Châteaux, uma das atrações de Amboise.
Château de Blois
Trata-se de um parque de dois hectares criado em 1996. Sua localização é fora do centro histórico da cidade, mas é de fácil acesso de carro ou táxi. Eu resolvi ir a pé. Levou 40 minutos, porém é um caminho fácil e olha que sou sedentária.
Château de la Bussière
E a caminhada valeu a pena, pois é uma atração super interessante: no Parc Mini-Châteaux estão reunidas as miniaturas dos principais castelos do Vale do Loire. Uso o termo “principais” porque só esta região tem mais de 300 “châteaux”. Imagine o tamanho da área necessária para acomodar todos. O parque fica fora do centro histórico de Amboise, mas é de fácil acesso
Château de ChambordChâteau de ChevernyChâteau de Chenonceau
Mas também vemos representados os castelos menos conhecidos, como o Château de Nitray, Château de la Bourdaisière, Château de Champchevrier, só para citar alguns.
Château de ChampchevrierChâteau de la Bourdaisière
E, apesar do nome ser Parc Mini-Châteaux (Parque Mini-Castelos), há alguns outros monumentos que não são castelos, como, por exemplo, a Pagode de Chanteloup, que é um monumento de inspiração chinesa, ou a abadia de Fontevraud, onde está enterrado Ricardo Coração de Leão, que foi rei da Inglaterra no final do século XII, mas também Duque de Anjou (Anjou é a região onde fica a abadia).
Pagode de ChanteloupAbbaye Royale de Fontevraud (Abadia Real de Fontevraud)
Ao lado de cada monumento, uma placa conta sua história e mostra a distância de Amboise até lá. Os textos estão em inglês e francês.
Château de Azay-le-Rideau
A escala das miniaturas é de 1/25 e a precisão nos detalhes é impressionante. Fiquei imaginando o trabalho para realizar cada uma dessas réplicas. E também fazer a manutenção delas. Para quem gosta de miniaturas e maquetes, o parque propõe diversos ateliês ao longo do ano (em francês).
Château de ValençayOutro lado do Château de Valençay
E para dar ainda mais vida às miniaturas, bonequinhos fazem parte da “mise en scène”. E eles estão caracterizados com “vestimentas” de diferentes épocas, Por exemplo: em algumas miniaturas, eles estão como personagens medievais. Em outras, com acessórios do começo do século XX. É bem interessante. A minha criança interior, bem presente ainda, ficou morrendo de vontade de brincar com os bonecos e as miniaturas. Mas me contive.
Também é bem legal ver as árvores “em miniatura”, decorando cada jardim ou parque do monumento, como acontece nos originais. Para isso, os jardineiros do Parc realizaram e mantêm cerca de 2 mil bonsais. E eles ficam perfeitos com as miniaturas dos monumentos.
Reprodução dos Jardins do Château de VillandryChâteau du Clos Lucé
E por falar em jardim, além das “pequenas árvores”, o Parc des Mini-Châteaux tem alguns jardins entre as atrações. O plantio e as florações, é claro, mudam de acordo com a estação do ano e as variações climáticas. O resultado de cada um deles é harmonioso, tanto das plantas e flores entre si quanto em relação ao conjunto do parque. E as placas dão as informações sobre o que está plantado em cada jardim.
Há também alguns brinquedos para os pequenos, como um pequeno percurso em carrinho (mini-Bugattis) ou em pônei (mecânico, não de verdade). Também vemos um castelo inflável, que serve de pula-pula, e um jogo de xadrez gigante (para crianças e adultos). Os brinquedos podem variar de acordo com o ano, pois a intenção do parque é sempre colocar mais atrações. Para quem fala francês, há suportes de visita, como tablet com jogos e enigmas.
Durante o ano, o Parc Mini-Châteaux promove diversos eventos, como o Festival des Métiers, onde, durante três dias, diversos profissionais fazem demonstrações de profissões antigas, artesanais e de arte.
A cidade de Loches
Esta foi a minha quarta visita a Amboise e foi a primeira vez que vim ao Parc Mini-Châteaux. Gostei muito da visita e nem sei o porquê de não vir antes. É muito interessante ver toda a riqueza do Vale do Loire em um só lugar e, ao mesmo tempo, isso ajuda a planejar melhor quais castelos vamos querer visitar. E também comparar as miniaturas com os originais dos monumentos que já visitamos. Enfim, é uma diversão para a família toda.
Château de Saumur
Parc Mini-Châteaux
Bvd Saint-Denis Hors
37400 Amboise.
Horários: Aberto de 1 de abril a 5 de novembro. Abril a junho e setembro, todos os dias, das 10h às 18h. Julho e agosto, todos os dias, das 9h às 19h. Outubro, sábados e domingos, das 10h às 18h, e a última semana de outubro inteira até 5 de novembro, das 10h às 18h.
Tarifa: Adulto (a partir de 13 anos): 14,50 euros. Crianças de 3 a 12 anos: 11,50 euros. Gratuito para menores de 3 anos. Pack Tribu (passe família para 2 adultos e 3 crianças de 3 a 12 anos): 60 euros.
Para mais informações, veja o site oficial
Acesso: de ônibus, do centro de Amboise, na parada (arrêt) Hôpital, pegar o ônibus linha C, direção Montrichard e descer na parada (arrêt) Mini-Château. Acesse o site da Rémi, a companhia de ônibus da região, para saber mais.
A pé: Cerca de 40 minutos de caminhada, o caminho é fácil, mas atenção aos carros. Fiz o trajeto consultando o Google Maps.
Para ir de carro, consulte o Via Michelin
Para ir a Amboise: de Paris, partindo da Gare (estação) Austerlitz ou Montparnasse (depende do bilhete), pegar o trem para Amboise. A viagem dura entre 1h30 e 2h30, depende do trem. Para saber preços, horários e comprar sua passagem, consulte o site da SNCF Connect, a empresa de trens francesa.
Sou de São Paulo, e moro em Paris desde 2010. Sou jornalista, formada pela Cásper Líbero. Aqui na França, me formei em História da Arte e Arqueologia na Université Paris X. Trabalho em todas essas áreas e também faço tradução, mas meu projeto mais importante é o Direto de Paris. Amo viajar, escrever, conhecer pessoas e ouvir histórias. Ah, e também sou louca por livros e animais.
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