Newsletter Direto de Paris #10

Newsletter 10
Cimetière Militaire du Faubourg d’Amiens, em Arras. Um cemitério da Primeira Guerra

 

Olá! Espero que você esteja bem! Aqui está a décima edição da Newsletter do Direto de Paris. Se você recebeu o email com este link é porque se cadastrou para recebê-lo. Se mudou de ideia e quiser sair da lista, basta me escrever para contato@diretodeparis.com, colocando no assunto que quer sair da lista (senão a mensagem cai direto na caixa de spam). Para ler as edições anteriores da Newsletter, é só clicar aqui.

Já estamos em novembro. O ano está passando muito rápido, não acha? Talvez seja porque temos tanta coisa para fazer que, quando vemos, o dia já foi. Por isso, é importante ter momentos de lazer, ter algum tempo para fazer o que mais gostamos, sem nos preocuparmos em sermos produtivos. Espero que este cantinho aqui faça parte dos seus momentos de lazer, embora este mês o assunto não seja divertido. Dia 11 de novembro aqui na Europa se comemora o final da Primeira Guerra Mundial. Como o conflito acabou há mais de 100 anos, hoje não se fala muito sobre ele. Mas, foi uma guerra muito sangrenta, que mudou a história da Europa e cujas consequências levaram à Segunda Guerra Mundial. Por isso, a maior parte dos assuntos da Newsletter de novembro será sobre a Primeira Guerra e a França. Boa leitura!

 

A Primeira Guerra Mundial e a França

 

Este texto não pretende explicar a Grande Guerra (como é chamada a Primeira Guerra) e nem ser o artigo definitivo sobre o tema. É difícil falar sobre ele quando não se é especialista no assunto, apesar de ser formada em História. Mas é algo necessário, principalmente para entender a importância do 11 de novembro aqui na França.

As origens do conflito estão no século XIX. Foi uma época em que muitas nações nasceram ou foram unificadas, como é o caso da Itália e Alemanha, por exemplo. Muitos países viram nascer uma onda nacionalista, enquanto seus governos aumentavam os gastos com armas e investiam no treinamento de seus exércitos. Na França, a segunda metade do século XIX foi uma época difícil: em 1871, o país havia perdido a guerra contra a Prússia (um antigo Estado da Europa, do qual o território hoje é uma parte da Alemanha), e uma das consequências deste conflito foi a perda da Alsácia e da Lorraine, duas regiões importantes para a França. Outra consequência desta guerra foi a Commune de Paris, de 18 de março a 28 de maio de 1871, uma revolta popular dos parisienses, que provocou profundas mudanças na sociedade francesa. 

Na Europa, havia também o poderoso império Austro-Húngaro, que dominava uma área tão extensa, que ia da região da Boêmia até a Transilvânia, incluindo os Balcãs. Com um território de população tão heterogênea, com histórias diferentes, as tensões não eram poucas dentro do Império. A situação se agrava em 1908, quando a Áustria anexa a Bósnia-Herzegovina. 

 

Napoleão III
Portrait de l’empereur Napoléon III en pied – Franz-Xaver Winterhalter et atelier, 1855.

 

Enquanto isso, as tensões entre a França e a Alemanha só cresciam. Um exemplo: no começo do século XX, os alemães e os franceses disputavam o Marrocos, que era então governado por um sultão. O continente europeu já estava dividido com a Tríplice Aliança (pacto principalmente entre a Alemanha, o Império Áustro-Húngaro e a Itália), criada em 1882, e a Tríplice Entente (união da França, Inglaterra e Rússia), formada a partir de 1892. A ponte Alexandre III, inaugurada em 1900 em Paris, é emblemática desta amizade entre a França e a Rússia, que já haviam assinado um acordo em 1891.

Um tal estado de tensão só precisava de uma desculpa para explodir. E ela veio com o assassinato do herdeiro do trono austro-húngaro, Francisco-Ferdinando, pelo nacionalista sérvio Gavrilo Princip, em 28 de junho de 1914. Alguns dias depois, o Império Austro-Húngaro dá um ultimato à Sérvia, que o rejeita, provocando a declaração de guerra dos austríacos. Em 1 de agosto, é a vez da Alemanha declarar guerra à Rússia e, no dia seguinte, contra a França. Em 4 de agosto, é a vez do Império Britânico entrar no conflito, depois dos alemães terem violado a neutralidade belga. 

E assim começava uma guerra que vai mudar a história do mundo. Primeiro por sua escala mundial: até o Japão vai entrar no conflito, ao lado da Tríplice Entente, pois tinha interesse nas terras da Alemanha na China. Já a participação dos Estados Unidos começa em 1917. Pela primeira vez, acontecia uma guerra de nações e que dominou todo um continente que era chave neste começo do século XX: a Europa. Segundo pelo número de mortos: foram mais de 9 milhões de perdas, o que transformou muito a sociedade europeia. Foi também um conflito que provocou uma certa mudança no papel das mulheres na sociedade: elas assumiram as funções de seus maridos, pais e irmãos que partiram para lutar, além de ajudarem no campo de batalha, trabalhando em hospitais de campanha, por exemplo.

 

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Posto alemão das trincheiras, foto realizada em 1917, no setor de Croisilles-Bullecourt, no norte da França. Fonte: Deutsches Bundesarchiv, livre de direitos

 

A Guerra termina em 1918 e tem como vencedora a Tríplice Entente. Em 11 de novembro é assinado um armistício em um vagão, na clareira de Rethondes, na floresta de Compiègne, no norte da França. O Império Austro-Húngaro se desfaz, a Rússia vive uma revolução que vai acabar com o czarismo. Já a Alemanha vai assinar, em 28 de julho de 1919, o tratado de Versalhes, na Galerie des Glaces (Galeria dos Espelhos) do castelo. Ou seja, no mesmo lugar onde o Império Alemão tinha sido proclamado em 1871. Os alemães perdem uma boa parte de seu território, dos quais a Alsácia e a Lorraine que são devolvidas à França; são obrigados a pagar uma bela indenização aos franceses e têm suas colônias confiscadas. Uma humilhação que a Alemanha não vai esquecer e que vai provocar um novo conflito mundial, vinte anos depois.

A primeira comemoração do 11 de novembro aqui na França aconteceu em 1920, com uma homenagem ao soldado desconhecido no Arco do Triunfo. Mas o túmulo só foi instalado ali em 28 de janeiro de 1921, depois que Auguste Thin, jovem soldado que havia combatido na guerra, escolheu um caixão dentre os oito que continham restos de soldados franceses anônimos mortos durante o conflito. Em 1922, o 11 de novembro é instituído pelo governo francês como o dia de comemoração nacional do final da Primeira Guerra e, desde então, as autoridades francesas se recolhem em frente ao túmulo do soldado desconhecido, no Arco do Triunfo.

 

 

Senlis destruição guerra
Casa incendiada pelos alemães em Senlis, no norte da França, Agence Rol. Fonte: Bibliothèque nationale de France , département Estampes et photographie, EST EI-13 (393)

 

Para quem gosta de cinema!

 

Feliz Natal (Joyeux Noël)
Ano de estreia: 2005
Direção: Christian Carion
Onde assistir: OiPlay, Apple TV, Google Play, Microsoft Movies & TV

 

Ainda hoje raros são os filmes que abordam a Primeira Guerra Mundial. Porém, há muito o que se explorar e este filme, baseado em fatos reais, é um exemplo. Em dezembro de 1914, seria o primeiro natal do conflito e os soldados iriam passar longe de suas famílias, nas trincheiras. Como o espírito natalino fala mais alto, os combatentes da França, Escócia e Alemanha saem de seus postos e confraternizam juntos, comendo, bebendo, mostrando fotos da família e até jogando futebol.

É um filme diferente, que mostra que não existe ninguém totalmente bom ou totalmente mau, que as pessoas são feitas de nuances e que todos querem a mesma coisa: ser feliz e viver em paz. Os diálogos são muito bem construídos e inteligentes. O filme é uma produção conjunta da França, Alemanha, Reino Unido, Bélgica e Romênia, e teve várias indicações ao Cesar 2006, incluindo o de melhor filme. Também foi indicado como melhor filme estrangeiro ao Oscar e ao Globo de Ouro do mesmo ano.

 

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Personagem

Suzanne Noël – Pioneira da cirurgia estética-reparadora e heroína de guerra

 

Ainda pouco conhecida fora da França e do meio médico, Suzanne Noël foi uma mulher extraordinária. Ela foi a pioneira da cirurgia estética na França e usou seus conhecimentos para ajudar soldados feridos na Primeira Guerra Mundial. Vamos conhecer um pouco mais desta vida fora do comum.

Suzanne Gros, seu nome de solteira, nasceu em 19 de janeiro de 1878, em Laon, uma cidade na região de Hauts-de-France, no norte do país, em uma família da burguesia local. É a quarta filha, mas os três irmãos mais velhos já haviam morrido. Aos 6 anos, Suzanne perde o pai, Antoine, e é criada pela mãe, Esther. Com 19 anos, a jovem se casa com o dermatologista Henri Pertat, que tinha 28 anos, e se muda para Paris. Alguns anos depois, em 1905, ela começa seus estudos em Medicina, algo raro para as mulheres da época. E o fato mais raro ainda, é que ela pode contar com o apoio do marido. 

Em 1908, Suzanne é nomeada para o externato pelos Hôpitaux de Paris, órgão do governo que cuidava dos estabelecimentos de saúde da cidade Ela entra para o serviço do professor Hippolyte Morestin, pioneiro da cirurgia bucomaxilofacial (que trata os problemas, traumatismos e deformidades da cavidade bucal, do crânio, face e pescoço). Neste mesmo ano, nasce sua filha, Jacqueline. Pouco tempo depois, em 1909, a jovem mãe e estudante de Medicina vai para o serviço de dermatologia no Hospital Saint-Louis, na equipe do professor Louis Brocq, um dos fundadores da escola moderna de dermatologia da França.

 

Suzanne Noël
Suzanne Noël operando, 1925. Foto: Suzanne Desbois. Fonte: Ville de Paris – Bibliothèque Marguerite Durand

 

Em 1912, ao entrar para o internato (fase de especialização do estudante de Medicina nas universidades francesas), Suzanne resolve aprofundar os seus conhecimentos em cirurgia bucomaxilofacial. Ela é escolhida para tratar de Sarah Bernhardt, após a atriz ter feito nos Estados Unidos um procedimento estético malsucedido.

Com a chegada da guerra, em 1914, Suzanne não consegue defender sua tese de doutorado, assim como muitos estudantes de Medicina da época. Mas, assim como eles, ela é autorizada a exercer a profissão em Paris. Ela se junta, então, ao professor Morestin no hospital militar de Val-de-Grâce. Em 1916, ela se forma nas técnicas da cirurgia estética e reparadora. A partir de então, a médica colabora com o esforço de guerra, operando os “gueules cassées”, ou seja, os soldados machucado durante o conflito que tiveram ferimentos ou mutilações na face. Em 1918, seu marido, Henri Pertat, morre intoxicado por gás durante a guerra.

Ela continua a tratar dos feridos da guerra no Hôpital Américain de Neuilly-sur-Seine, nos arredores de Paris. O conflito acaba e Suzanne ainda espera para defender sua tese de doutorado. Em outubro de 1919, ela se casa com o doutor André Noël, que havia feito o internato com ela e com quem mantinha um romance há algum tempo. Eles se mudam para um apartamento na avenida des Champs-Élysées, onde Suzanne começa a praticar pequenas intervenções usando anestesia local.

Na década de 20, começam suas provações. Em 1922, sua filha Jacqueline morre devido à gripe espanhola. Em 1924, o marido de Suzanne, André Noël, se suicida ao se jogar no rio Sena. Ela vê tudo, desesperada. A partir de então, a vida da médica muda bastante. Em 1925, ela consegue finalmente terminar seu doutorado e abre um consultório perto do Champ de Mars (perto da Torre Eiffel). Feminista, a médica usa uma fita azul em seu chapéu onde está escrito “Quero votar” e participa de passeatas incitando as mulheres a não pagar impostos, já que não possuem direito algum. 

 

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Doutora Suzanne Noël, carta-postal de 1925. Fonte: 1925. Fonte: Ville de Paris – Bibliothèque Marguerite Durand

 

Em 1924, Suzanne havia sido contatada por Stuart Morrow, americana, fundadora do Soroptimist, um clube feminino destinado a promover a luta pelos direitos das mulheres e a igualdade de oportunidades em relação aos homens. Já viúva pela segunda vez, Suzanne Noël então participa na fundação de clubes em toda a Europa e até na Ásia (em Pequim e Tóquio). E, ao mesmo tempo, as atividades médicas não param, o número de pessoas atendidas por ela não cessa de crescer. 

Em 1926, Suzanne publica um livro que se torna referência na área de cirurgia estética e reparadora na época, chamado La chirurgie esthétique, son rôle social (A cirurgia estética, seu papel social). Pela primeira vez um livro desta área apresenta fotos mostrando o antes e o depois dos pacientes e as diferentes etapas das intervenções. Outro ponto admirável da pioneira é que ela mesma desenvolve os instrumentos utilizados nas cirurgias. A maioria de seus pacientes é composta por mulheres e ela chega a operar gratuitamente as mais pobres. Em 1928, Suzanna é condecorada com a Legião de Honra (Légion d’Honneur) e reconhecida no mundo todo.

Alguns anos depois, em 1936, uma catarata interrompe suas atividades. Ela é operada pelo mesmo médico que operou Claude Monet, o doutor Charles Coutela. O resultado é um sucesso. Durante a Segunda Guerra Mundial, o papel de Suzanne é, de novo, marcante: ela muda o rosto das pessoas da Resistência (opositores do nazismo) e dos judeus procurados pela Gestapo. Ao final da guerra, ela vai apagar as sequelas físicas dos sobreviventes.

Suzanne Noël morre em 11 de novembro de 1954, aos 76 anos, tendo praticado a cirurgia até o final da vida. Aquela que tanto trabalhou na Primeira Guerra morre no dia em que o final do conflito é comemorado todos os anos. Dentre vários legados que ela deixa, está uma fundação que leva seu nome e que premia a cada dois anos uma médica revelação na França em Cirurgia Estética. Suzanne é até hoje a embaixadora deste tipo de cirurgia e do Feminismo.

 

Suzanne Noël idosa
Suzanne Noël em 1949. Foto de François Denoncin. Fonte: Ville de Paris – Bibliothèque Marguerite Durand.

 

Para Passear

Musée de la Grande Guerre – Meaux – Île de France

Musée de la Grande Guerre

 

Meaux é uma cidade na região parisiense, a cerca de 40 minutos a 1 hora em trem da capital. Perto dali ocorreram vários combates durante a Primeira Guerra Mundial e hoje um museu não nos deixa esquecer desse terrível conflito. O lugar é enorme e a museografia é muito bem construída. Há desde o tempo antes da Grande Guerra, com mapas, objetos e personagens que mostram o que aconteceu na sociedade europeia antes do conflito, até o período pós-guerra, que destaca as consequências da Primeira Guerra e o cenário tenso que vai levar ao segundo conflito mundial. 

Gostei muito de ver os equipamentos da época, o maquinário, as reconstituições e objetos pessoais. Também é bem legal ver os manequins com os diferentes uniformes de cada exército. A vida cultural da época também é destaque no acervo e tem muita coisa bonita. A Grande Guerra foi uma guerra de trincheiras e no museu vemos como era isso na prática, e podemos imaginar o que cada soldado vivia. O museu e a cidade de Meaux também organizam vários eventos ali durante o ano. Já presenciei reconstituições com pessoas vestidas à caráter e também shows aéreos com aviões da época. É um museu que vale a pena ser visitado o ano todo. E, de quebra, você pode conhecer a cidade, que é bem bonita e fazer degustações, como a do famoso queijo brie de Meaux, que é uma delícia. Para saber mais, veja este site.

 

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Craonne – Hauts-de-France

 

Muito se fala dos vilarejos mártires da Segunda Guerra Mundial. Eu mesma já publiquei no blog e na newsletter sobre Oradour-sur-Glane. Mas a Primeira Guerra também tem cidades e vilarejos que foram quase ou totalmente destruídos pelo conflito e hoje são ruínas. Craonne é um deles. Situado na região Hauts-de-France, no norte do país, ele faz parte do Chemin des Dames, um circuito que engloba parte do norte e do leste da França, onde ocorreram alguns dos combates mais sangrentos do conflito e que hoje é cheio de lugares, cidades e monumentos ligados à Grande Guerra. Após ter sido palco de batalhas desde o começo, Craonne cai nas mãos dos alemães em setembro de 1914. Em abril e maio de 1917, o vilarejo é completamente destruído pelo exército francês, mas o lugar só volta a pertencer à França em outubro do mesmo ano. Após a guerra, a Craonne original é classificada como zona vermelha, ou seja, que não será reconstruída. E uma nova Craonne nasce ali perto. Hoje, podemos visitar o antigo vilarejo e vermos, através de um circuito com explicações, como foram os combates ali. Há também um Arboreto plantado no lugar, onde podemos apreciar 57 espécies de árvores, uma bela homenagem. Para saber todos os lugares de memória em Craonne e no Chemin des Dames, veja este link.

 

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Alguns eventos interessantes pela França

 

Aqui vai a nossa já tradicional lista dos três eventos escolhidos neste país cheio de coisas para fazer mesmo no frio.

 

1) La Vente des Vins des Hospices de Beaune – Beaune – Bourgogne-Franche-Comté

Beaune é uma cidade perto de Dijon que é conhecida pelos seus vinhos. Se durante o ano todo, a cidade tem vários eventos ligados à bebida, imagina em um final de semana festivo. No domingo dia 20 acontece a maior venda de vinho com fins não-lucrativos do mundo. Mas desde a sexta-feira, 18, vários eventos, como degustações de vinho na cidade e na região, jantares de gala, visitas guiadas, agitam a cidade e os arredores. É imperdível! De 18 a 20 de novembro. Mais informações, veja aqui.

 

Vente de vin Beaune

 

 

2) Fêtes de Saint-Nicolas 2022 – Nancy – Grand-Est

Pois é, o Natal está aí. E nessa região do leste da França, ele é marcado principalmente por Saint Nicolas, patrono da região da Lorraine, no leste francês. A festa dura mais de um mês com animações musicais, danças, feira de Natal e de guloseimas e muita arte. O destaque é o grande desfile do sábado, 3 de dezembro, do qual o tema deste ano é Luz e cristal (lumière et verre). E tudo isto na bela cidade de Nancy, Patrimônio Mundial da Unesco. De 18 de novembro a 3 de janeiro. Para saber mais, veja este site.

 

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3) Rosa Bonheur – Musée d’Orsay – Paris

Esta não é uma exposição normal, é uma baita retrospectiva da vida desta artista francesa excepcional, uma das maiores do mundo. Este ano é o bicentenário de Rosa Bonheur, que revolucionou a arte e a visão de mulheres artistas no século XIX. São quase 200 obras, entre pinturas, artes gráficas, esculturas e fotografias, retratando principalmente o mundo animal, que tanto fascinava a artista. Esta exposição já foi apresentada em Bordeaux e é a ocasião única para ver muitas obras que fazem parte de coleções particulares. Até 15 de janeiro de 2023. Mais informações, aqui.

 

Exposition Rosa Bonheur, Musée d'Orsay

 

E esta décima edição da Newsletter fica por aqui. Espero que tenha gostado. Se tiver sugestões, não esqueça de deixar um comentário ou escrever para contato@diretodeparis.com. Qualquer ideia é muito bem-vinda.

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Renata Rocha Inforzato

Sou de São Paulo, e moro em Paris desde 2010. Sou jornalista, formada pela Cásper Líbero. Aqui na França, me formei em História da Arte e Arqueologia na Université Paris X. Trabalho em todas essas áreas e também faço tradução, mas meu projeto mais importante é o Direto de Paris. Amo viajar, escrever, conhecer pessoas e ouvir histórias. Ah, e também sou louca por livros e animais.

Comentários (2)

  • Monica Responder    

    14 de novembro de 2022 at 17:52

    Ótimo texto sobre a Grande Guerra. Eu adoro conhecer essas mulheres maravilhosas que você nos apresenta.

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