Atrações

Père-Lachaise – o cemitério mais famoso do mundo

27 de abril de 2014

Last Updated on 14 de junho de 2021 by Renata Rocha Inforzato

O Père-Lachaise não é apenas um cemitério: é uma das atrações turísticas mais visitadas de Paris, com mais de dois milhões de visitantes por ano, e que consta em todos os guias de viagem sobre a Cidade Luz. Várias personalidades estão enterradas ali, das mais diferentes atividades. O que muita gente não sabe é que a tática de enterrar celebridades no lugar foi usada desde o começo para ter clientes, embora não fossem exatamente as pessoas vivas que eles queriam atrair.

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O lugar onde está o cemitério hoje é utilizado desde a Idade Média. No século XII, era propriedade do bispo de Paris, e conhecido como Champ l’évêque (campo do bispo). Os moradores da região exploravam as terras e plantavam uvas, cereais e legumes. Então, o local também era chamado de Mont-aux-vignes (Monte das vinhas).

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Túmulo de Balzac, na 48a divisão

Em 1430, Régnault de Wandonne, um rico comerciante de especiarias, compra a propriedade e constrói uma luxuosa casa de campo. Nos séculos seguintes, depois de passar pelas mãos de vários proprietários, o lugar é vendido, em 1626, à Marie d’Huillier, que o dá aos jesuítas. Ele passa a se chamar de Mont-Louis (Monte Luís) em homenagem a Louis IX (São Luís).

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Os religiosos constroem o convento (onde hoje tem uma escola, o liceu Charlemagne) e uma casa de repouso cercada por um grande jardim. Em 1652, durante a Fronde, – uma série de conflitos que agitou Paris contra a regência de Anne d’Autriche (Anna da Áustria) – Louis XIV, então com catorze anos, se refugia na propriedade. Dali do alto da colina, ele escapa por pouco de ser atingido por uma bala de canhão.

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Túmulo de Eugène Delacroix, 49a divisão

Assim, os jesuítas ganham a estima do rei e, em 1675, o padre François d’Aix de La Chaize torna-se o confessor do monarca. Toda a propriedade é colocada à disposição do religioso, que amplia as terras e reforma a casa transformando-a em um verdadeiro palacete.

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No século XVIII, Madame de Pompadour, favorita de Louis XV, protege os filósofos inimigos dos jesuítas, que caem em desgraça. Em 1762, eles são expulsos da França. Mas a propriedade continua ligada ao nome do Père de La Chaize (père no sentido de padre).

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A Pietà diferente e moderna do túmulo do editor italiano Cino Del Duca (1967), na 53a divisão

Novamente o lugar passa pelas mãos de vários donos, até que, em 1803, é comprado pela cidade de Paris por ordem de Napoleão I. O imperador queria fazer ali o cemitério de leste parisiense. E o nome do padre continuou, pois o local ficou conhecido como Cimetière Père-Lachaise. A inauguração acontece em 21 de maio de 1804.

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O cemitério seguia uma nova lei: era propriedade municipal, aberta ao público, situada fora da cidade e devia respeitar o princípio da igualdade, isto é, todos os cidadãos poderiam ser enterrados lá, independente de religião, nacionalidade, etc.

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No começo, o cemitério tem a mesma aparência da época dos jesuítas: as partes planas acolhem as fossas comuns e os terrenos acidentados as concessões perpétuas, onde são construídos túmulos com estátuas e as primeiras capelas. Porém, nesses primeiros anos, as concessões perpétuas são muito pequenas.

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Túmulo de Marcel Proust, na 85a divisão

Em 1810, Alexandre Théodore Brongniart , o arquiteto da Bolsa de Paris, é encarregado para arrumar o cemitério. Ele faz os projetos entre 1810 e 1813, desenhando um pequeno número de alamedas, a partir do que já existia. Um exemplo é a hoje conhecida como Allée Transversale numéro 1 (allée é alameda em francês). Ele projeta também duas rotatórias que, mais tarde, vão acolher monumentos-túmulos de prestígio. A aparência do Père-Lachaise deve ser a de um jardim inglês.

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Túmulo de Benjamin Constant, 1830, na 29a divisão

Porém, Brongniart morre em 1813. Assim, seu projeto é executado entre 1814 e 1835, não sem alguns contratempos. Ainda em 1814, o lugar é invadido pelas tropas russas, em guerra contra a França, que cortam várias árvores para fazer lenha. Depois, quando o cemitério é recuperado, as árvores foram replantadas.

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Túmulo de Théodore Brongniart, 1813, 11a divisão. A Bolsa de Paris, sua maior obra, é retratada na lápide

Com a abdicação de Napoleão, havia o medo que o antigo sistema de enterros, baseado em diferenças principalmente religiosas, voltasse. Porém o rei Louis XVIII mantém o princípio da igualdade: ricos e pobres poderiam ser enterrados em fossas comuns ou em concessões, esta última se ele ou a família comprassem um túmulo.

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Apesar do cemitério já acolher algumas pessoas famosas, como, por exemplo, o próprio Brongniart, o número de concessões continua muito pequeno. E aí que a administração do Père-Lachaise vai fazer algo muito conhecido por nós hoje em dia: apelar para as celebridades.

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Túmulos de La Fontaine e Molière, na 25a divisão

Assim, em 1817, são transferidos para o cemitério os supostos restos mortais de Molière e La Fontaine (celebridades do século XVII), assim como os de Abelardo e Heloísa (o famoso casal da Idade Média que, separado pelo tio da moça, vai viver em vida religiosa até a morte).

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Abelardo
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Heloísa

Aliás, a capela do casal é muito bonita, em estilo Neogótico, construída pelo arquiteto Alexandre Lenoir, fundador do Musée des Monuments Français.

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A capela do casal, na 7a divisão

A empreitada é um sucesso de imprensa e público. Finalmente o número de concessões perpétuas cresce. Em 1820, Étienne Hyppolyte Godde, sucessor de Brongniart, constrói a porta principal, situada no Boulevard Ménilmontant. Em 1834, é a vez de fazer uma capela no lugar do antigo palacete, que estava em ruínas.

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A capela do Père-Lachaise, Paris

Entre 1824 e 1842, devido ao aumento das concessões, quatro ampliações são realizadas ao norte. Em 1850, um terreno de 17,5 hectares, situado numa parte mais alta, é comprado. A configuração dessa nova parte é em forma de octógono. O cemitério adquire, então, o tamanho que tem hoje: 44 hectares com 97 divisões.

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Nas duas rotatórias do projeto de Brongniart são colocados os túmulos de prestígio, que são verdadeiros monumentos: um deles é em forma de uma chaminé-farol de 21 metros de altura e acolhe o diplomata Félix de Beaujour, morto em 1836; e o outro monumento é o túmulo de Casimir Perier, Primeiro Ministro do reinado de Louis Philippe, enterrado ali em 1837.

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Túmulo de Casimir Perier, rotatória, na 13a divisão

Em 1854, o Império Otomano, aliado da França, pede a construção de um cemitério muçulmano. O prefeito de Paris, o barão Haussmann, decide, então, criar uma parte muçulmana no Père-Lachaise, assim como uma mesquita, a primeira da França. O lugar já contava com uma parte para os judeus (construída nos primeiros anos) e uma capela para os cristãos.

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Túmulo do industrial Jean-François Cail, 1871, 69a divisão. É uma capela com a arquitetura de um Petit Palais

Aí vem uma curiosidade: o primeiro túmulo dessa área muçulmana do Père-Lachaise é de uma mulher – a rainha Malka Kachwar. Ela morreu em 1858, quando fazia escala em Paris, depois de uma viagem a Londres, onde tinha ido reclamar em vão contra a anexação do seu reino, Oude (situado na Índia), pelos ingleses. O túmulo, que devia ser um verdadeiro monumento, não existe mais. Mas podemos ver o lugar onde ele ficava. Ele foi também a primeira sepultura indiana do cemitério.

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Local onde ficava o túmulo da rainha Malka Kachwar, na 85a divisão.

Em meados de 1860, a anexação por Paris de áreas vizinhas coloca o Père-Lachaise dentro da capital, no 20e arrondissement.

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Túmulo do escultor Jean-Joseph Carriès, 1894, na 12a divisão

Alguns anos depois, em 1871, acontece uma tragédia no cemitério. Em plena Comuna de Paris – um conflito de trabalhadores contra o governo, que devastou a cidade e causou a morte de milhares de pessoas em pouco mais de dois mees – , em 28 de maio, depois de horas de batalha, 147 revolucionários são fuzilados diante de um muro do Père-Lachaise, que ficou conhecido como Mur des Fédérés. A obra atual, uma homenagem, foi reconstruída no lugar onde foram enterradas as vítimas. Já os restos do muro original foram utilizados para a construção de um monumento ali no bairro, dedicado aos mortos das revoluções.

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Mur des Fédérés, na 76a divisão

Em 1874, uma nova lei reserva o cemitério somente a concessões perpétuas, a fossa comum acaba. Em 1881, outra lei acaba com as distinções religiosas aparentes. Assim, os muros que separavam a parte judaica e muçulmana dos cristãos são derrubados. A mesquita se degrada e acaba por ser demolida em 1914. Ainda no final do século XIX, são construídas novas entradas, como, por exemplo, a Porte Gambetta.

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O escritor Georges Rodenbach levanta a pedra do túmulo, 1898, divisão 15

Dez anos depois, uma nova lei autoriza a retomada das concessões abandonadas. Assim, um ossuário é construído perto da capela. O século XX, marcado por guerras e revoluções, vai deixar muitos mortos sem sepultura, que serão homenageados com monumentos (leia mais abaixo).

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Monumento aos soldados da Armênia mortos pela França, na Primeira e Segunda Guerras Mundiais, 88a divisão

Algumas curiosidades do Père-Lachaise

1) O Crematorium (Crematório) – Em 1887, uma lei volta a autorizar a cremação, que estava proibida desde 1815 por causa da Igreja Católica. Assim, em 1890, é inaugurado o crematório. Obra do arquiteto Jean-Camille Formigé, tem inspiração bizantina e compõe-se de uma sala de cerimônia, que se parece com uma igreja, com duas galerias laterais para acolher as famílias.

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O Crematório do Père-Lachaise, na 87a divisão

No subsolo, há uma sala de espera de 70m2. E é aí que está uma obra interessantíssima: Le Retour Éternel, última escultura de Paul Landowiki. Não reconheceu o nome? Pois foi ele um dos escultores do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.

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Le Retour Éternel, última escultura de Paul Landowiki

Formigé também fez o Columbarium, que recebe as urnas dos mortos após a cremação. Por falta de espaço, pois o número de cremações ainda é grande, foi necessário ampliá-lo e hoje ele ocupa quatro andares, dois no térreo e dois no subsolo.

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Columbarium

2) Monument aux Morts (Monumento aos Mortos) – Fica no eixo da grande alameda, perto da capela. Obra do escultor Albert Bartholomé, foi financiada pelo governo e inaugurada em 01 de novembro de 1899. A escultura mostra um grupo de personagens desesperados prestes a passar por uma porta, a do além.

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Monument aux Morts

Na parte de baixo, um casal parece dormir em um túmulo, com uma criança, enquanto um anjo levanta a pedra sepulcral. Essa obra recebeu muitas críticas: afirmaram que não possuía nenhum caráter religioso. É que nessa época a França ainda não era um Estado laico.

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3) Memoriais – Há muitos mesmo ao longo do Père-Lachaise e são em homenagem àqueles que morreram sem sepultura. Há vários dedicados aos soldados de nacionalidades diferentes que lutaram pela França, aos mortos nos campos de concentração da Segunda Guerra Mundial, às vítimas da guerra civil espanhola, etc.

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Monumento às vítimas do Campo de concentração de Neuengamme, onde sete mil franceses foram mortos na Segunda Guerra Mundial. Cinzas de grande parte dos mortos estão ali, na 97a divisão

São de diversos estilos e tamanhos. Verdadeiras obras de arte para não nos deixar esquecer que atrocidades semelhantes ainda ocorrem pelo mundo.

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Monumento às vitimas do campo de concentração de Buchenwald-Dora, 97a divisão

4) Jardin de Souvenir – Trata-se de um pequeno jardim, com gramado, onde podem ser jogadas as cinzas dos mortos. Foi criado em 1986 e fica na 77ª divisão.

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Jardin des Souvenirs

5) As personalidades enterradas no Père-Lachaise. É impossível denominar todas em um só post. Então, vamos dar uma passada geral. Entre os pintores, podemos encontrar vários mestres como Delacroix (1863, 49ª divisão), Ingres (1867, 23ª), Géricault (1824, 12ª) e Jacques-Louis David.

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Túmulo de Théodore Géricault, 1824, 12ª divisão

Aliás, uma curiosidade em relação a David: durante a Revolução Francesa, ele foi um dos que votou pela morte de Louis XVI. Então, quando ele morreu, em 1825, o rei proibiu que seu corpo fosse enterrado ali. Assim, no túmulo, localizado na 56ª divisão, está apenas o coração do pintor. E, por ironia do destino, não muito longe dali, está enterrado Romain de Sèze, na 53ª divisão, que foi o advogado de defesa de Louis XVI.

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Túmulo de Jacques-Louis David, 1825, 56a divisão
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Túmulo de Romain de Sèze, 1828, 52a divisão

Também no Père-Lachaise estão Jean-Baptiste Camille Corot, (1875, 24ª) o precursor do Impressionismo Daubigny (1878, 24ª) e os impressionistas Pissarro (1903, 7ª) e Gustave Caillebotte (1894, 70ª divisão), além de outros nomes famosos da pintura, como Marie Laurencin (1956, 88ª) e Gustave Doré (1883, 22ª).

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Túmulo de Jean-Baptiste Camille Corot, 1875, 24ª divisão
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Túmulo de Charles-François Daubigny, 1878, 24ª
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Túmulo de Camille-Pissarro, 1903, 7a divisão

Este último, apesar de ser mais conhecido como desenhista e pintor, era escultor também. Foi ele que fez a escultura que está no túmulo da atriz Alice Ozy (1893, 89ª), também no Père-Lachaise. Na verdade, ela seria a amante do artista e, inconformada com a morte prematura dele, pediu para ser enterrada com a obra.

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Túmulo de Alice Ozy, 1893, 89ª divisão, com a obra de Gustave Doré

Dentre os escritores, encontramos Balzac (1850, 48ª), Oscar Wilde (1900, 89ª), Marcel Proust (1922, 85ª), Colette (1954, 4ª), entre outros. Os visitantes costumavam beijar o túmulo de Wilde, por isso ele agora é protegido.

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Túmulo de Oscar Wilde, 1900, 89ª divisão

Outro túmulo muito acariciado é o do jornalista Victor Noir, assassinado em 1870 por um primo de Napoleão III. Olhando a foto, acho que dá para ver onde o pessoal toca. O ato tem origem em uma lenda que dizia que passar a mão nas partes íntimas da estátua do defunto assegurava a fertilidade nas mulheres. Mas hoje em dia ele é tocado pelos homens também. A sepultura fica na 92ª divisão.

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Túmulo de Victor Noir, 1870, 92a divisão

Falando dos mais visitados, não dá para esquecer Edith Piaf (1963, 97ª), Yves Montand (1991, 44ª), enterrado com a esposa, a atriz Simone Signoret (1985), Chopin (1849, 11ª), Maria Callas (1977, 97ª, é só um monumento, pois suas cinzas foram jogadas no mar Egeu) e, é claro, Jim Morrison (1971, 6ª), outro túmulo protegido. Aliás, é bem engraçado porque ao redor dele sempre há alguém que está bem maluco.

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Túmulo de Edith Piaf, 1963, 97a divisão
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Túmulo de Chopin, 1849, 11a divisão
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Túmulo de Jim Morrison, 1971, 6ª divisão

Um dos túmulos mais visitados pelos brasileiros é o de Alan Kardec (1869, 44ª) Ele está sempre cheio de flores. As pessoas têm o costume de tocar a nuca da estátua com a mão esquerda e fazer uma prece. Se o desejo é atendido, elas voltam com flores, embora muitas delas já deixem os buquês logo na primeira vez, afinal, pode ser difícil voltar a Paris.

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Túmulo de Alan Kardec, 1869, 44a divisão

Há também vários homens políticos enterrados ali, como o ex-presidente Félix Faure (1899, 4ª), por exemplo, que governou a França de 1895 até a morte (consulte a internet para saber do que ele morreu).

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Túmulo de Félix Faure, 1899, 4ª divisão

E mais duas curiosidades. Primeiro, o túmulo do negociante Ernest Caillat (1899, 2ª), que foi realizado pelo arquiteto Hector Guimard, o mesmo que construiu a entrada dos metrôs de Paris. Dá uma olhada no monumento e você vai reconhecer o estilo.

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Túmulo de Ernest Caillat, 1899, 2ªdivisão

A outra é o túmulo de Ignace Hoff (1902, 4ª), herói da guerra de 1870: a escultura foi realizada por Frédéric Auguste Bartholdi, o autor da Estátua da Liberdade de Nova York.

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Túmulo de Ignace Hoff, 1902, 4ªdivisão

E, por último, um túmulo que me comoveu: o do escultor Louis Marie Moris (1900, 41ª), que foi construído por ele mesmo. Na obra, ele é retratado com suas ferramentas e com um cachorro ao lado. Mas o que me emocionou foi a linda dedicatória que ele fez para uma tia que o criou, que deve estar enterrada ali também (não consegui ver se tinha o nome dela).

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Túmulo de Louis Marie Moris , 1900, 41ª divisão

Enfim, poderia ficar o dia todo enumerando os túmulos do Père-Lachaise, pois ali estão enterradas nada menos do que 1 milhão de pessoas. É um verdadeiro museu a céu aberto, com obras de todas as épocas e estilos. É um lugar e que se pode fazer vários percursos, de acordo com os interesses e preferências de cada um que o visita.

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Não é um lugar macabro, e nem de culto à morte. Acho que é mais um culto, ao mesmo tempo, à genialidade e à fraqueza humanas. Ao ver tanta arte, tantas histórias de vidas ali, pensamos em quanto o homem é capaz de fazer coisas belas. Mas, as lembranças das guerras e conflitos nos mostram o quanto ainda há muito que evoluir.

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Túmulo de Croce-Spinelli e Sivel, aeronautas, que morreram em uma queda de balão Zenith, em 1875 – 71a divisão

Père-Lachaise
16 Rue du Repos (administração)
8 Boulevard de Ménilmontant (entrada principal)
75020 – Paris
Horários: De 16 de maço a 31 de outubro, de segunda a sexta, das 8h às 18h, sábados das 8h30 às 18h e domingos, das 9h às 18h.
De 1 de novembro a 15 de março, o cemitério fecha às 17h30 (horário de abertura é o mesmo da alta temporada).
Metrôs: Père-Lachaise – linhas 2 e 3.
Philippe-Auguste, linha 2.

Para mais informações sobre as visitas guiadas organizadas pela prefeitura – 01 49 57 94 37 (se ligar do Brasil, tire o 0 da frente do 1 e acrescente 0033).
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Renata Rocha Inforzato

Sou de São Paulo, e moro em Paris desde 2010. Sou jornalista, formada pela Cásper Líbero. Aqui na França, me formei em História da Arte e Arqueologia na Université Paris X. Trabalho em todas essas áreas e também faço tradução, mas meu projeto mais importante é o Direto de Paris. Amo viajar, escrever, conhecer pessoas e ouvir histórias. Ah, e também sou louca por livros e animais.

Comentários (65)

  • Fernanda Responder    

    27 de abril de 2014 at 21:45

    Eu queria ter conhecido! Mas deixei para a última manhã que acabou sendo usada para dormir até mais tarde e arrumar todas as comprinhas na mala. Fica pra próxima!

    • Renata Inforzato Responder    

      27 de abril de 2014 at 21:51

      Oi, Fê! Normal, sempre tem algo que fica para a próxima viagem. Como dizem, é uma desculpa para voltar. Obrigada pelo comentário e um beijo

  • César Aragão Responder    

    27 de abril de 2014 at 22:19

    Excelente texto! É um lugar realmente interessante e cheio de história.

  • Elaine Braga Responder    

    27 de abril de 2014 at 22:35

    Adorei a matéria e as fotos inéditas! Merci, Renata!

  • Anita Responder    

    28 de abril de 2014 at 14:26

    Vi vários que ainda não conhecia, apesar de duas visitas! Adoro o passeio e voltarei assim que puder. Ótima matéria!

  • Marilia Responder    

    28 de abril de 2014 at 17:08

    Em janeiro deste ano visitei o Père Lachaise com meus pais, meu irmão e minha filha. Passamos muitas horas ali e para encontrar alguns túmulos que queríamos visitar, pedimos ajuda para um senhor que é uma espécie de guia do cemitério (tem alguns sempre circulando por lá). O teu post está tão completo e tão gostoso de ler, que eu vou enviar para os que estavam lá comigo matarem as saudades.
    Um grande abraço!
    Marilia

    • Renata Inforzato Responder    

      28 de abril de 2014 at 18:56

      Oi Marília! Nossa, esse seu comentário foi um alívio pra mim, porque é tanta informação que eu tinha medo de que o texto ficasse cansativo. Mas agora vi que não! Obrigada pelo feedback. Um beijo

  • Gislaine Responder    

    29 de abril de 2014 at 23:30

    Renata, parabéns mais uma vez pela excelente matéria! Você conseguiu através de sua maneira clara e objetiva, desmistificar o preconceito que muitas pessoas tem em pensar na possibilidade de fazer uma visita ao cemitério! Antes de ser um lugar tétrico ou macabro, é uma verdadeira aula de história e arte, um museu a céu aberto!!! Quantas esculturas de autores famosos você citou, que muita gente nem imagina estar lá. Você sabe o quanto esperei por este texto, muito me acrescentou, principalmente a parte histórica da fundação do mesmo. Muitas fotos que tirei, nem sabia de quem era o túmulo e agora você me clareou, e me aguçou a vontade de voltar para conhecer outros! Parabéns, esse é um texto que lerei muitas e muitas vezes!!!! Gosto demais da sua maneira de escrever! Beijos

    • Renata Inforzato Responder    

      30 de abril de 2014 at 14:13

      Gi, meu, muito obrigada! Estou sem palavras com seu comentário. Obrigada por todo a força que você me deu e dá desde que comecei esse blog. Espero que você venha para cá em breve e que possamos nos encontrar… Se quiser, vou ao Père com você. Um beijão

  • Monica Toledo Responder    

    1 de maio de 2014 at 1:08

    Muito bom. Preciso voltar lá. Com tantas informações que tive aqui, fiquei com vontade de passear por lá novamente.

    • Renata Inforzato Responder    

      3 de maio de 2014 at 21:25

      Oi Monica, tá vendo? É tanta coisa, que você tem que vir morar aqui. Um beijão e obrigada pela visita e o apoio.

  • Adriana Couto Pereira Rocha Responder    

    1 de maio de 2014 at 23:16

    Nossa, eu já queria ir, agora ficou marcado como passeio obrigatório! Terei só uns 2 ou 3 dias em Paris, de 11 ou 12 a 15 de agosto. É minha segunda vez na cidade, onde estive antes em 2000 e quase não passeei pq estava a trabalho.

    Vc sabe alguma coisa sobre o Musee de Histoire Naturelle? Não acho mtas informações sobre ele, além do próprio site… Será q é preciso comprar um ingresso pra cada “parte” do museu? Queria ver a coleção entomológica…

    Um beijo e obrigada pelas ótimas dicas! Descobri seu blog hoje e estou me esbaldando! 🙂

  • Maria Elisa Wilkens Rodrigues Responder    

    8 de maio de 2014 at 14:13

    Olá, gostei muito de tua postagem !

  • Joana Moema Responder    

    13 de maio de 2014 at 22:36

    Oi Renata,
    amei seu blog, ainda mais que de cara li este relato sobre o cemitério Père-Lachaise, aprecio obras de arte, e acho as dos cemitérios sempre expressivas.
    Estava mesmo precisando saber detalhes de Paris que não encontramos em revistas de viagens.
    Vou consultar sempre as novidades do seu blog, que aliás, foi indicado pelo Daniel Ducs de Amsterdam.
    Um abraço e bom verão aí em Paris!

    • Renata Inforzato Responder    

      18 de maio de 2014 at 21:37

      Oi Joana, que legal receber seu comentário! Vou publicar ainda mais sobre Paris, aguarde! E espero que você venha logo colocar as dicas em prática. Um beijão para você e obrigada pela visita

  • Fabiana Responder    

    1 de junho de 2014 at 23:12

    Excelente matéria ! Parabéns ! Vou para Paris em outubro, sozinha, e um dos lugares que está no meu roteiro é o túmulo de Allan Kardec. O seu post aguçou mais ainda a minha vontade e deu um banho de história ! Obrigada !

    • Renata Inforzato Responder    

      2 de junho de 2014 at 20:17

      Oi Fabiana, que legal! Eu tb fiz minha viagem a Paris sozinha e foi muito bom. Tenho certeza de que a sua também será. Obrigada pelo comentário. Um beijo

  • Maria Responder    

    2 de setembro de 2014 at 13:23

    Cemitério também é arte e cultura!

    Parabéns pelo texto. Descobri sobre a xistência desse cemitério em um programa sobre Paris aqui na Itália.

    Pra mim, o cemitério mais bonito que já vi até hoje fica em Portovenere, perto de Cinque Terre, Ligúria. É um jardim a pique sobre o mar.

    Na próxima vez que eu for à Cidade Luz, espero poder conhecê-lo!

    Abraços,

    Maria

    • Renata Inforzato Responder    

      2 de setembro de 2014 at 19:27

      Oi Maria, agora fiquei com vontade de conhecer esse cemitério da Ligúria… E quando vc vier pra cá, tenho certeza de que vai gostar do Père-Lachaise, é um museu enorme. Obrigadão pelo comentário

  • Lycée Henri IV – o liceu mais tradicional de Paris e que podemos visitar | Direto de Paris Responder    

    23 de setembro de 2014 at 21:10

    […] difíceis com outros de grande prosperidade. No século XI, inclusive, Abelardo – famoso por sua história de amor com Heloísa – teria passado um tempo na […]

  • Michel Eiffel (Paris) Responder    

    21 de novembro de 2014 at 1:17

    Père-Lachaise cimitière beau.

  • Vera Lucia Bittencourt Responder    

    20 de janeiro de 2015 at 11:12

    Renata querida, quero parabeniza-la pelo post, muito bem elaborado interessante e convidativo. Não tive ainda oportunidade de conhecer Paris mas um dia terei se Deus quiser !!!! Adoro historias , tudo me interessa mais uma vez te agradeço . Um beijo no teu coração !!!!!!!

  • Severina Moraes Responder    

    21 de fevereiro de 2015 at 17:28

    Parabéns pelo artigo.

    Tinha vontade de conhecer este cemitério, agora se tornou imperativo.

    Beijos

  • Renato Responder    

    8 de abril de 2015 at 20:49

    Oi.
    gostei de tudo que escreveste. Não consegui descobrir o que ocorreu com o túmulo da rainha Malka Kachwar. beijos.

    • Renata Inforzato Responder    

      13 de abril de 2015 at 21:12

      Oi Renato. Não se tem mais informações, mas o mais provável é que foi se degradando e também sofreu com as mudanças do cemitério. bjs e obrigada

  • Sérgio Pereira Couto Responder    

    17 de abril de 2015 at 19:07

    Adorei seu artigo. Matei a saudade. Estar lá é uma experiência e tanto. O cemitério é um lugar envolvente e curiosamente bem distante do macabro dos daqui. Parabéns!

  • Edinalva Responder    

    23 de maio de 2015 at 0:14

    Engraçado, as vezes nem eu mesma me entendo, mas sempre que estou triste ponho uma musica um fone de ouvidoe procuro no google o semitero de pere lachaise e vou no tempo…a musica é sempre a mesma Bon Jovi (bed of roses) ador este semiterio me da paz viajo ouvindo esta musica… tem coisas que é inesplicavel ne… brigada pelo site ador bjsss

  • Filipe Silvestre Responder    

    16 de julho de 2015 at 0:35

    Boa noite, Renata. Esse post me fez lembrar Paris ano passado Novembro, onde estive com minha namorada, pegamos a linha do metrô errada e sem querer acabamos saindo mesmo na porta do cemitério, resolvi ir até lá e ela achou estranho. Mais chegando lá nos deparamos com essas obras primas, ficamos encantados mesmo o lugar sendo o que é. Vc me fez voltar lá aqui do meu quarto. Obrigado e parabéns pelo post mais uma vez! 🙂

    • Renata Inforzato Responder    

      17 de julho de 2015 at 21:53

      Oi Filipe, muito legal seu relato. Às vezes esses erros nos dão grandes surpresas. Muito obrigada pelo seu comentário, não sabe o quanto fiquei feliz (respondi novamente, porque a minha resposta anterior não tinha sido salva) bjs

  • Gilson Giffoni de almeida Responder    

    10 de novembro de 2015 at 1:48

    Tenho muita vontade de conhencer e visitar o cemiterio pere la chase

  • dorgival ferre Responder    

    10 de janeiro de 2016 at 13:16

    PARABENS PELO TRABALHO. ESTIVE EM PARIS MAS INFELISMENTE NAO TIVE TEMPO DE VISITAR O CEMITERIO. NA PROXIMA O FAREI.

    • Renata Inforzato Responder    

      12 de janeiro de 2016 at 14:27

      Oi Dorgival, obrigadão. Tomara que você volte logo e possa visitar o que ficou faltando. Abração

  • Gil Jacobus Responder    

    26 de maio de 2016 at 15:29

    Parabéns pelo trabalho, imagens e textos, bem elucidativo deste parque cultural.

  • Rosane Bastos Responder    

    27 de junho de 2016 at 1:28

    Olá Renata!
    Muito bom o seu artigo, resumido, porém, muito esclarecedor.
    Conheci o Père Lachaize, achei fantástico. Encantei-me com o túmulo de Allan KARDEC, o codificador do espiritismo, pelo número de pessoas que o visitam e pelas flores fresquinhas que lá estavam.
    Espero voltar lá novamente.
    Parabéns!
    Abraço.
    Rosane

  • Direto de Paris - Jornalismo em Paris Responder    

    18 de outubro de 2016 at 0:49

    […] Brongniart já era conhecido desde a época de Louis XVI. Em 1801, durante o período do Consulado, já havia sido nomeado Inspecteur des Bâtiments (Inspetor de Construções), um cargo alto e de confiança. Dentre os seus vários projetos em Paris, um dos mais conhecidos é a remodelação do cemitério Père-Lachaise. […]

  • Lilian Responder    

    25 de abril de 2017 at 3:45

    Vou à Paris no próximo mês ,maio e ja estava com vontade de conhecer o cemitério Père-Lachaise e agora, vendo seu blog , esse passeio ja vai fazer parte do meu tur.Obrigada e bjs de luz

  • Direto de Paris - Jornalismo em Paris Responder    

    1 de junho de 2017 at 17:31

    […] tempo e pela Revolução. A primeira efetuada por Étienne-Hippolyte Godde, que havia trabalhado no Père-Lachaise a partir de 1824. E a segunda a partir de 1853, por Victor Baltard, o mesmo que restaurou a […]

  • Direto de Paris - Jornalismo em Paris Responder    

    6 de outubro de 2017 at 0:53

    […] 10) Alguns túmulos são verdadeiras provas de criatividade e luxo. Como, por exemplo, uma milionária americana que enterrou seu cachorro, Tipsy, com uma coleira de diamantes de 9 mil euros. A sepultura, que, em minha opinião é de um gosto duvidoso, foi profanada em 2012, e a jóia foi levada. Hoje, o túmulo fica protegido, igual ao do Jim Morrison, no Père-Lachaise […]

  • Antonio Jorge Rodrigues Responder    

    22 de agosto de 2018 at 12:04

    Bom dia.
    Muito bom o blog.
    Estarei viajando para ai com a família, em Setembro, e pretendemos visitar, e apreciar, esta obra de arte.
    Att.

  • Jacqueline Responder    

    1 de novembro de 2018 at 13:41

    Amei seu post Renata. Realmente faz a gente viajar por estes caminho tão calmos ai do cemitério. Quando eu fui estava chovendo e deu uma trégua enquanto estávamos lá, mas acabou sendo um passeio rápido, contrario ao convite de contemplação que estas obras de arte convidam.
    Vou conhecer mais do seu blog. Adorei! Sucesso!!!

  • Luiz Cesar de Almeida Responder    

    18 de fevereiro de 2019 at 19:01

    Excelente matéria. Quando eu for pra Paris vou visitar este cemitério. São séculos de história. Parabéns pela matéria. Estou impressionado.

  • Luiz Cesar de Almeida Responder    

    18 de fevereiro de 2019 at 19:04

    Bela materia. Que aula de história. Quero visitar mais este ponto turistico

  • dalgimar beserra de menezes Responder    

    14 de janeiro de 2020 at 18:34

    Prezada senhora Renata: Matéria preciosa sobre a cidadezinha, que na minha terra, Itapipoca, era dita dos pés juntos. Primeira vez que me deparei com o Père Lachaise, foi lendo, ainda menino, L´Assommoir de Zola, no que um grupo se reúne com a intenção de visitá-lo. E lá se vai à excursão. Em 1951, com 8/9 anos morei de frente a uma aldeiazinha desfeita, arrasada, para mudança, que ainda está lá, com a sua população de ossos de pobre, que não tiveram como ser removidos para a nova; ainda lá, restos de osso branco, espalhados aqui e ali. Não embalados em areia e pó, aos milhões, como nas Catacombes de Paris. Uma capela sobrava intacta, a do ilustre político do Ceará, Anastácio Alves Braga, “roubado por mãos assassinas à esposa e aos filhos, em 7 de janeiro de 1928.” Citei Zola, mas quero lembrar que o Memorial de Aires, de Machado de Assis, tem uma reunião de família, logo ao começo, no Cemitério São João Batista, do Rio. Nisso, do ficcional ao real e ao real/ficcional, no São João Batista de Fortaleza, a vilazinha tem logradouros interessantíssimos, como a moradia de Quintino Cunha, com o epitáfio: “O Padre Eterno, segundo/refere a escritura sagrada/tirou o mundo do nada/e eu nada tirei do mundo.” Já visitei diversas vezes o Pére Lachaise, passeio calmo pelas ruazinhas arborizadas, alamedas; becos, imenso jardim florido, a vez primeira, em 1981: uma senhora muito distinta quis ir comigo/nosco, com o intuito de visitar o senhor Allan Kardec, dona Eneida Alencar. Fomos: lá, naquela calma singular sem o brouhaha dos conflitos humanos, bruit de fond, ela resolveu fotografar Monsieur Kardec; um guarda chegou e disse que era vedado tal ato. Entonces, puxei-a a um sítio à la derobée, pronto, fotografamos o cara; posso estar inventando, pois não, mas assim foi. Quarenta anos quase já faz, e todos os que estavam comigo naquele dia, já de há muito “dormem profundamente” (Bandeira M), e as I lay dying (Faulkner W), recordo, que de outra vez fiquei junto ao Chopin, a balada em sol menor quebrando o silêncio; última vez ao Père Lachaise, 2017, desta feita, encontrei um túmulo velho abandonado, uma capelinha, embioquei/adentrei, Ana Freire fotografou o evento e o pus no ebook Revertere ad natura, opus 13, com grafia errada de cemitério em francês (está escrito lá cimitière, mas claro que é cimetière); também deitei excretas líquidas às paredes, muros e árvores, que estou mesmo é, por ora, bem vivo e satisfeito, comendo, bebendo e secretando, enquanto, nesses mais de 70 anos de existência, já estive em tudo que é cemitério: no novo São Miguel, da Itapipoca, no de Amontada, no da Consolação de São Paulo, no de la Recoleta, de Buenos Aires, no High Gate de Londres, no ZentralFriedhof de Münster; no ZentralFriedhof de Viena paguei visita ao Beethoven e ao cenotáfio de Mozart. Afora os numerosos túmulos que estão em toda parte, sem esquecer o cemitério clandestino de Amontada, ruínas de igreja construída pelos Tremembés… e quem é que não vai ver o Isaque Newton na Abadia de Westminster, ou o Galileu na Santa Croce, e ainda nesta, o Rossini que vivia no Père Lachaise até que se mudou para esta chiesa notável de Florença? Templos cristãos, ossuários como os chamava o imperador romano Adriano. Ah sim, o Escorial, perto de Madrid, onde os reis tiveram mais sorte do que os da Saint Denis. Montparnasse, onde estão o Sartre e a Simone. Tantos outros. O suposto túmulo de Dante, em Ravenna, quase no meio da rua, o de Leonardo, em Amboise… Leonardo também suposto. O Mausoleo de Teodorico… o de Cecilia Metella… De uma coisa estou certo, cemitério estadunidense do norte não tem graça nenhuma. Dalgimar Beserra de Menezes, médico patologista, 77

  • FABIANO SANTOS Responder    

    8 de outubro de 2020 at 13:33

    Texto maravilhoso, com conteúdo de extrema qualidade e fácil leitura.
    Obrigado por sua contribuição. Sua dedicação, ao empregar seu tempo e conhecimento para nos levar cultura é merecedora dos mais longos aplausos.

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